Estes tempos de campanha eleitoral são perigosos pelo facilitismo e pelo maniqueísmo que propiciam. Um bom exemplo é esta questão da imigração.
A imigração tem sido nos últimos tempos o sustentáculo do nosso, mesmo assim, modesto crescimento demográfico. Em matéria económica, há muitos sectores de actividade que dependem quase exclusivamente de mão-de-obra estrangeira. Do turismo à agricultura, passando pela pesca e construção civil. Segundo o Público, os imigrantes representam 6% do nosso PIB. Mais do que a AutoEuropa e do que a Qimonda...
Ao contrário do que se quer fazer passar à Direita, a integração imediata desta gente não tem constituído um problema de maior. As bolsas de criminalidade e de violência têm sido protagonizadas pelas segundas gerações e em zonas que, historicamente, sempre foram problemáticas. Mesmo antes da última grande vaga de imigração, a maior parte destas áreas na cintura das grandes cidades já eram complicadas e, então, os seus habitantes não eram, na sua maioria, imigrantes...
Contudo, os problemas de insegurança não podem ser negligenciados como o faz alguma Esquerda. É aí, precisamente, que o esforço de integração deverá ser maior. Simultaneamente, a prevenção policial tem que ser uma exigência permanente. Uma maior presença efectiva e sentida das forças policiais em zonas de risco, e não nas secretárias a carimbar multas, também contribuiria para uma sensação de maior segurança entre as populações.
Finalmente, em termos sócio-culturais está por demais evidenciado as vantagens competitivas que a diversidade propiciada por uma imigração regulada e sustentada implica em sociedades estáveis e democráticas. Olhe-se para o exemplo norte-americano, para a Holanda, para os países nórdicos ou mesmo para Espanha e percebe-se, facilmente, que a mistura de culturas é um ingrediente potente para a criatividade e para o desenvolvimento económico e social.
Tensões e problemas haverá sempre. Já Afonso Henriques, no seu tempo, se queixava do mesmo...
segunda-feira, maio 25, 2009
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1 comentário:
Ao contrário do que se quer fazer passar à Direita, a integração imediata desta gente não tem constituído um problema de maior.
-Existem várias Direita's, e muito quem considere a imigração um factor positivo de desenvolvimento na sociedade. Claro que tal não significa abrir portas à ilegalidade, sou dos que acredita também aqui na mão invisivel, a prová-lo o facto de Portugal não ter sequer esgotado a quota disponível, quando não há trabalho, a mão de obra deslocaliza-se. Defendo uma política musculada e repressiva à criminalidade, no caso dos imigrantes sempre a sanção acessória de expulsão, tolerância zero para quem comete crimes, mas tal nada tem que ver com questões de imigração, quem vier por bem deve entrar...
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