Quase todos concordamos que o governo de Santana Lopes não terá sido propriamente um exercício de estilo muito dignificante, nem muito estimulante para o país. Os resultados eleitorais demonstraram-no justa e inequivocamente. Serve este ponto de ordem para enquadrar um comentário à prestação desta noite, na RTP 1, da antiga ministra das finanças, Manuela Ferreira Leite.
É que esta história, repetida vezes sem fim, sobre os 6,8% do Défice foi hoje desmontada com uma serenidade e uma elegância surpreendentes por parte da antiga governante (refira-se, em abono da verdade, que estes atributos não lhe são particularmente comuns). Calcular o défice para o final do ano em função das intenções de despesa dos diferentes ministérios e depois compará-lo com o nível de receita previsto no Orçamento, é um truque tão maniqueísta quanto demagógico.
O que é certo é que foi eficaz. Todas as cabeças bem pensantes do burgo se escandalizaram com tão douta conclusão do Dr. Vitor Constâncio e prepararam o caminho para que a Opinião Pública aceitasse sem grandes convulsões o aperto a que temos vindo a assistir.
P.S. Por falar em Dr. Constâncio, o Banco de Portugal (o tal que atribui reformas ao fim de 6 anos de carreira...) disponibilizou para o seu presidente um novo BMW, Série 5 de côr castanha (???).
sexta-feira, junho 17, 2005
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