segunda-feira, junho 13, 2005
Os poetas não morrem...
Eu, Génio!
"(...) O olhar esperto ou sonolento, o corpo feito um espeto ou mal podendo com as carnes, elas são as Mães. A tua; a minha, se não tivera morrido tão cedo, sem tempo para que o rosto viesse a ser lavrado pelo vento. Provavelmente estão aí desde a primeira estrela. E como duram! Feitas de urze ressequida, parecem imortais. Se o não forem, são pelo menos incorruptíveis , como se participassem na natureza do fogo. Com mãos fiáveis teceram a rede dos nossos sonhos, alimentaram-nos com a luz coada pela obscuridade dos seus lenços. (...)"
"(...) Elas são as Mães, ignorantes da morte mas certas da sua ressurreição."
Excertos de As Mães, por Eugénio de Andrade
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