quarta-feira, julho 29, 2009

terça-feira, julho 28, 2009

Toninho & Pedrito no recreio

Pedrito: "O meu túnel é maior do que o teu!"
Toninho: "A minha dívida é mais pequena do que a tua!"
Pedrito: "E o meu arquitecto é mais conhecido do que o teu!"
Toninho:"As minhas obras menos vistosas do que as tuas!"
Pedrito:"As minhas piscinas têm mais água do que as tuas!"
Toninho:"E eu gastei menos do que tu!"
O mais e o menos em exibição em Lisboa até Outubro...

sexta-feira, julho 24, 2009

Os micros, pequenos e médios blogues

Esta coisa dos grandes partidos (PS e PSD) estarem por detrás da criação de blogues de apoio às respectivas candidaturas para as eleições que se aproximam deveria ser investigada pela Autoridade da Concorrência e pela, a agora inconstitucional, ASAE.
Nós, blogues autênticos, artesanais e pequenitos deveríamos criar a associação dos micros, pequenos e médios blogues para defender os nossos interesses face aos cilindros compressores que são esses hipermercados de opinião enlatada!
Fica aqui o protesto... e o apelo: consumam a opinião livre, natural e ecológica!

terça-feira, julho 21, 2009

É natural

Parece que o elemento que resta da célebre dupla Lino & Pino discorda das conclusões demolidoras do relatório do Tribunal de Contas sobre o fantástico negócio do Porto de Lisboa.
É natural!
Oliveira Costa também discorda fortemente do Ministério Público a propósito do caso BPN e consta que Isaltino Morais também não está muito contente com as acusações de que é alvo.
Também é muito natural que, no fim, tudo ficará na mesma...

sexta-feira, julho 17, 2009

Mais uma força de bloqueio

Sócrates deve estar a passar por aquela patologia do foro psiquiátrico que, a determinada altura, assolou Cavaco aquando do seu consulado de absoluta maioria: a fobia das forças de bloqueio.
Hoje, como então, tudo parece cercar S. Bento e o Largo do Rato, a começar no Presidente da República, passando pela comunicação social e terminando, agora, no Tribunal de Contas. A acrescentar a tudo isto, Sócrates tem ainda que gerir os humores públicos dos seus supostos correlegionários entre os quais se destaca o poeta Alegre. E, para rematar, há os tiritos nos pés de Manuel Pinho, Elisa Ferreira, Ana Gomes e de outros moços e moças que por aí abundam.
Todas as manhãs, quando acorda, Sócrates deve perguntar no ambiente íntimo e acolhedor da sua casa de banho no Héron: "Espelho meu, diz-me, há primeiro ministro no mundo mais infeliz e azarado do que eu???"

quarta-feira, julho 15, 2009

A batalha de Lisboa

Isto promete!
Santana com as santanetes mais os betinhos do CDS e os pós-monárquicos do decadente PPM vs. Costa mais toda a arraia miúda que conseguir arranjar à esquerda, incluindo os ex-independentes Sá Fernandes e Roseta.
Vai ser giro ver a forma como cada um vai conseguir gerir os autênticos albergues espanhóis em que se transformaram as suas candidaturas.

terça-feira, julho 14, 2009

A vingança das bolas de Berlim

É a notícia do Verão.
A ASAE é um nado morto devido a inconstitucionalidades processuais aquando da sua transformação em polícia criminal.
Vamos voltar a ouvir nas praias o mítico e saudoso:
"Olha a bolinha de Berlim!"
Com creme e tudo.
Fantástico!

segunda-feira, julho 13, 2009

O Pacheco Pereira bem avisa...

Afinal a ministra tem razão: ler jornais não compensa!
A avaliar pelo contentamento dos senhores e senhora do Ministério da Educação com os resultados dos exames do 9º ano, estes alunos não leram jornais ou, então, não acreditaram no que o 4º poder andou por aí a apregoar .
Por isso, estudaram e prepararam-se afincadamente para os exames.
Os do 12º é que foram uns tótós, fiaram-se na comunicação social e acreditaram que os exames seriam fáceis. E os resultados foram o que foram.
Porque é que esta gente não segue os conselhos do Pacheco Pereira?

sexta-feira, julho 10, 2009

Amor de mãe

Manuela Moura Guedes para Vasco Pulido Valente, no Jornal Nacional de 6ª feira de hoje, a propósito do grau de dificuldade dos exames do secundário:
"E o exame de matemática também não deve ter sido difícil. O meu filho, por exemplo, teve 17".
Com uma mãe assim...

1 euro

Nos dias que correm já é possível comprar um banco falido por um euro.
Será que alguém quer comprar um primeiro-ministro e a respectiva líder de oposição por uns magníficos cinquenta cêntimos?

quinta-feira, julho 09, 2009

Tesa


Numa semana rasgam-se as políticas, na outra coloca-se fita-cola.

Meteorologistas, sismólogos e epidemiologistas

Na opinião de José Sócrates, a crise económica global é uma tempestade perfeita.
No entanto, para Manuela Ferreira Leite é um abalozinho de terra.
Para mim, isto está mais ao nível de uma pandemia... de políticos incompetentes!

quarta-feira, julho 08, 2009

Um recado para Faro

"O número de Julho/Agosto da Monocle, revista de culto dirigida pelo inventivo Tyler Brûlé, é dedicada às cidades e, por isso, deveria ser lida por todos os candidatos autárquicos que por aí abundam. Particularmente as duplas Santana e Costa, Rio e Elisa Ferreira e, porque não, Macário e Apolinário em Faro.
Para além da eleição das 25 melhores cidades para se viver em todo o mundo, em que a vencedora de 2009 é Zurique (e na qual Lisboa acaba por surpreender com a 25ª posição), há um conjunto de artigos interessantes que reflectem sobre a competitividade das cidades modernas. Basicamente e simplificando muito, a receita assenta num urbanismo humanizado, em robustas políticas ambientais, numa clara estratégia de favorecimento dos transportes públicos, na defesa de um comércio de proximidade competitivo e variado, na capacidade de atracção de elites jovens e criativas, numa oferta cultural intensa e diversificada e na promoção de políticas de captação de empresas com alto valor acrescentado em termos de emprego qualificado.

Para além de tudo isto, a cidade moderna tem de oferecer aos seus habitantes e visitantes um vasto leque de serviços de qualidade (internet sem fios, transportes rápidos, habitação de qualidade, parques e zonas verdes, ciclovias, energia verde, saneamento inteligente, apoio social de proximidade, saúde acessível e de qualidade, equipamentos desportivos de proximidade, etc, etc, etc).
Numa altura em que, por exemplo Faro, se debate com um marasmo exasperante, talvez fosse bom que José Apolinário e Macário Correia investissem algum do seu valioso tempo na leitura desta edição da Monocle e dali retirassem alguns ensinamentos para os seus programas eleitorais.
Eu, como a maioria dos farenses, tememos que esta seja a última oportunidade para a cidade apanhar o comboio da modernidade e se projectar como uma verdadeira capital regional.
Faro não pode continuar a ser uma cidade cinzenta e apagada que se limita, por via do seu estatuto, a concentrar alguns serviços administrativos, sem qualquer capacidade de atracção de pessoas e de investimentos qualificados.
Fica o conselho...

segunda-feira, julho 06, 2009

O ano dos Xutos


Depois de Sócrates ter reforçado a dimensão de ícone nacional dos Xutos com o já célebre "Sem eira nem beira", chegou a vez de Cristiano Ronaldo dar uma inesperada projecção planetária à banda de Tim, Zé Pedro, Kalu, João Cabeleira e Gui com o hino "À minha maneira" a acompanhar a sua apresentação galática no Santiago Bernabéu.
Haveria lá melhor maneira de comemorar 30 anos de carreira?


Outono negro

Ou muito me engano ou o engenheiro vai ter um Outono muito negro!
Há um ano, quem diria que isto estaria para acontecer...

sexta-feira, julho 03, 2009

Jornalismo de excelência

Hoje, o Jornal Nacional de Sexta Feira da magnífica Manuela Moura Guedes dedicou 29 minutos (!) ao massacre primário e totalmente demagógico do politicamente defunto ministro dos corninhos.
Até deu dó!!!

Os cornos do sistema

Gabava-se de ser o terceiro ministro da Economia há mais tempo em funções no universo dos países da União Europeia.
Era um homem que, repetidamente, enchia os ecrãs da televisão com os seus anúncios desbocados e com gaffes que enriqueceram o anedotário nacional. E assim foi até ao fim. Coerente no estilo, curioso e, por vezes, interessante no conteúdo.
Manuel Pinho, membro da fantástica dupla Pino & Lino, vai fazer falta ao sistema. Porque sem personagens como esta, o sistema fica mais cinzento e, convenhamos, mais petrificado.
O homem dava um imenso contributo para a criatividade da comunicação social e da blogoesfera. Mas, ao menos, todos sabíamos que havia um ministro da Economia em funções.
O mesmo não se poderá dizer de algumas personagens que vegetam no governo há quase cinco anos.
Alguém sabe quem é e o que faz o ministro do Ambiente? E o ministro da Cultura?
O da Justiça, sabe-se quem é, mas é como se não existisse... O da Agricultura também parece que não fez grande coisa. E por aí adiante.
Manuel Pinho estava no pólo oposto. Era estriónico e voluntarioso. Ninguém se vai esquecer dele. É sempre assim, quando se escrevem obituários políticos. De repente, a nostalgia e alguns remoques de consciência à mistura fazem com que os pecadilhos se transformem em virtudes...

quinta-feira, julho 02, 2009

O estado da Nação


Bokassa está no Algarve

O Bokassa da ilha das bananas estará hoje em Faro para apadrinhar o lançamento da candidatura de Macário Correia à Câmara.
E eu que começava a simpatizar com as ideias do Macário...

Uma por semana


Os responsáveis da Justiça em Portugal queixam-se muito dos media, mas passam a vida a dar entrevistas.
Hoje, o Público tráz a vigésima sétima de Maria José Morgado em 2009.
Pior só a Cândida Almeida!
Estas doutas senhoras parecem-se muito com aqueles médicos que perdem mais tempo a conversar com os delegados de informação médica do que a receber e a tratar doentes.
Se trabalhassem mais e falassem menos, isto talvez estivesse um pouquinho melhor.

Exemplo encarnado

Será que não se pode seguir o exemplo do Benfica nas próximas eleições legislativas...
Uma simples providência cautelar e suspendiam-se as listas do PSD e do PS.
Depois... era só escolher entre Louçã, Jerónimo e Portas.
Era mais emocionante e tinha mais piada!

quarta-feira, julho 01, 2009

120 anos depois...


Foi há 120 anos que se inauguraram as ligações regulares de comboio entre Faro e Lisboa (Barreiro).
Em 1 de Julho de 1889, apesar do entusiasmo das autoridades locais e da população, os poderes políticos da capital do país não ligaram peva ao acontecimento, como se lê no excelente relato da efeméride publicado pelo Barlavento.
A ligação da, então remota, região do Algarve ao país em pouco mais de 13 horas (!) não sensibilizou «nem Majestades, nem Altezas, nem ministros».
Como sempre aconteceu em matéria de obras, equipamentos ou serviços públicos o Algarve foi deixado para último.
Assim aconteceu com a auto-estrada do Sul, com a Via do Infante, com a modernização e electrificação da Linha do Sul (uma esquecida benesse do mal amado Euro 2004), com o Hospital Central do Algarve, com a própria Universidade do Algarve, com o saneamento básico e com abastecimento de água.
Em quase tudo nós, algarvios, somos tidos como portugueses de segunda.
E, não fosse o turismo, as coisas seriam bem piores!

Tão amigos que nós fomos...

Parece que a cooperação estratégica acabou...
Há coisas que o algarvio de Boliqueime não perdoa. E Sócrates está agora a pagar com juros e correcção monetária a afronta totalmente inconsequente que fez ao presidente na questão do Estatuto dos Açores. Erro clamoroso!
Mas esses eram os tempos do animal feroz, da arrogância e das sondagens confortáveis para o primeiro ministro...
Se fosse hoje tudo seria diferente. A avaliar pelos adiamentos do TGV e do aeroporto, a aprovação daquele diploma seria com toda a certeza adiada para a nova legislatura.
Por escrúpulo democratico, claro!

segunda-feira, junho 29, 2009

"Jamais" ou a política à portuguesa


Eu disse mas não disse,
Eu não sabia mas sabia,
Eu não interfiro mas interfiro,
Eu não demito mas demito.

Protagonistas: PR, PM e os ministros do costume.

P.s. Um dos tradicionais trunfos políticos de Cavaco foi a gestão magistral dos seus silêncios. Ultimamente, tal como o engenheiro, adoptou uma nova personalidade, mais faladora e expansiva. E, então, começaram a sair asneiras e... os desmentidos.
Acho que o gabinete de comunicação do Palácio de Belém não vai ter férias...

Estamos próximos do fim...

Foi o que pensaram os poucos socialistas de bom senso que ainda existem quando ouviram o ministro das finanças a dizer que estamos próximos do fim da crise...
O povo que, soubémos hoje, é feliz já estava habituado à dupla Pino & Lino para animar a malta e enriquecer o anedotário nacional.
A Teixeira dos Santos cabia normalmente outro papel no teatro governamental. Mais sério e paternalista. Tipo avôzinho distinto e simpático que cuida dos dinheiros dos netos. Agora, com esta "boutade" foi o desastre total. Está tudo baralhado!
O ministro podia ter dado uma de culto e ter dito, como Churchill, que isto não era o princípio do fim da crise, mas sim o fim do seu príncipio... Teria saído melhor e obrigava os jornalistas a irem à Wikipedia indagar sobre quem foi esse tal de Churchill. Será algum primo do Keynes, o súbito mentor da política económica do engenheiro?

P.s. Contudo, vendo isto de outro prisma, até pode ser que o homem tenha razão. Afinal, segundo outra ilustre personagem que já dirigiu as finanças do burgo e que agora quer ser primeira-ministra, esta crise não passa de um abalozinho...

Entre o Inferno e o Céu

Segundo um estudo do ISCTE divulgado pelo Público, nós, portugueses, consideramo-nos pobres, desmobilizados mas felizes.
Imagino que os finlandeses se considerem ricos, mobilizados mas infelizes.
O velho das botas, nascido em Sta. Comba, esse inteligente que mandou nisto durante uma porrada de tempo e ainda tem por aí alguns seguidores é que tinha razão: pobrezinhos, honrados mas sempre felizes...

"Tudo isto existe,
Tudo isto é triste,
Tudo isto é Fado"


sexta-feira, junho 26, 2009

Hoje há Jornal Nacional com a Manuela Moura Guedes!


Dizem as más línguas que será mais uma sessão de tiro ao boneco...
Agora que a terrível ameaça do lápis azul da PT se desvaneceu na poeira dos dias que passam, vai ser sempre a abrir...

Coerência, procura-se!


Gosto da irreverência de Direita do 31 da Armada, ao melhor estilo do Bloco de Esquerda...
Há ali inteligência, bom gosto e muita criatividade. Neste particular, os vídeos do 31 são peças antológicas sobre a nossa realidade.
Neste blog, Sócrates é o inimigo público a abater. E os argumentos utilizados para tal fim são normalmente pertinentes e quase sempre engraçados no estilo.

Agora o que falta, demasiadas vezes, é alguma coerência no conteúdo. Ontem, Rodrigo Moita de Deus criticava a hoje gorada compra da Media Capital pela PT. Hoje, o mesmo autor considera a ingerência do governo no negócio "Indecente. Inacreditável. Intolerável intervenção governamental num negócio entre privados!".
Haja coerência! Independentemente das cambalhotas do engenheiro.

Com a devida vénia ao "Listening Post" da Aljazeera

Eu bem avisei...

Assim se destrói uma boa ideia.
Assim se destrói um bom negócio.
Os nossos políticos de pacotilha, a começar em Belém e a terminar em S. Bento, devem estar felizes. Mostraram quem manda aqui e, como de costume, voltaram a fazer merda!
Agora, os moços da Telefónica vão avançar e comprar a Media Capital a preços de saldo, e mais dia menos dia põem os patins ao José Eduardo Moniz.
Então, decerto, aparecerão as virgens púdicas e carpideiras do costume...
Se eu fosse o Zeinal Bava demitia-me e aceitava os convites para ir trabalhar para a Telefónica... Não é isso que fazem os socialistas quando saiem do governo?


P.s. O meu post de ontem foi premonitório

quinta-feira, junho 25, 2009

Os políticos só atrapalham

Depois de ouvir hoje Zeinal Bava na RTP, só apetece dizer uma coisa:
Políticos assim só atrapalham!
Uf! Até pareço a Manelinha Ferreira Leite...
Se Zeinal Bava fosse CEO de uma empresa estrangeira seria apresentado na nossa imprensa paroquial como um génio da gestão. Como tem o azar de ser o líder de uma grande empresa portuguesa (na qual o Estado tem umas 500 acções que lhe dão direitos especiais de gestão), é apresentado como um mero moço de recados que se limita a obedecer aos caprichos do engenheiro Sócrates e, sobretudo, ao seu desejo húmido de anular José Eduardo Moniz.
Sejamos racionais! Do ponto de vista empresarial, a aquisição de uma parte do capital da Media Capital nestas circunstâncias seria um bom negócio em qualquer lado do mundo. Que o digam os moços da Telefónica...

A Obra já viveu melhores dias

Parece que a crise já toca a todos, segundo dá a entender a notícia sobre a acusação de cinco administradores de topo do BCP.
Nem aqueles que, por via da Opus Dei, estavam mais próximos do Divino lhe escapam.
O monsenhor Josemaria deve estar a dar voltas no caixão com tão elevadas demonstrações de ética e moralidade...
Entretanto, a facção maçónica que hoje governa o maior banco privado português estará exultante com as embrulhadas dos seus eternos adversários.
Consta que o Dan Brown já tomou nota do potencial literário (e, sobretudo, comercial) das intrigas e das lutas intestinas do BCP e anda por aí a inspirar-se para um novo livro...

quarta-feira, junho 24, 2009

Paris Hilton devia ser processada por José Sócrates

Segundo o "i", Paris Hilton considera que Cristiano Ronaldo é efeminado e como tal não serve para seu namorado.
Isto é um ultraje! Porque põe em causa a marca Portugal no mundo. O nosso PIB e as nossas exportações estão em perigo.
Agora, só faltava dizer que o Mourinho - esse outro esteio da nossa identidade nacional - também só gosta de homens...
O primeiro ministro, tão expedito em pôr processos a tudo e a todos, devia agir em conformidade e meter uma acção judicial a esta senhora!
A bem da Nação!

P.S. Isto sim, são assuntos que deveriam merecer a atenção da oposição no debate quinzenal com Sócrates.

Uma estátua para o João Miguel Tavares!

Temos mais um herói nacional!
Chama-se João Miguel Tavares. É jornalista do Diário de Notícias e enfrentou com sucesso o primeiro ministro numa crónica demolidora que provocou uma acção judicial do líder socialista. Hoje ficámos a saber que o Ministério Público arquivou a queixa por considerar que "não excedeu os limites da crítica".
Note-se que esta vitória do jornalista rebelde do DN (jornal sempre tão alinhado com o poder, qualquer que ele seja) sucedeu em plena fase de animal feroz de Sócrates e não na actual fase do humilde português suave.

terça-feira, junho 23, 2009

Ligações Perigosas

Interessante, muito interessante este "Ligações Perigosas" ("State of Play" na versão original).
O filme de Kevin Macdonald conta com mais uma interpretação de luxo de Russell Crowe que protagoniza o papel de um jornalista de investigação tarimbado e algo ultrapassado pelo imediatismo e pela vertigem do presente. Aparentemente, é mais um thriller político a acrescentar aos muitos que Hollywood produz regularmente com tons conspirativos.
Este, contudo, tem um pendor jornalístico que faz lembrar em muito o mítico "Os Homens do Presidente" de Alan J. Pakula sobre o escândalo Watergate. A forma como Washington é filmada, as cenas na redacção do jornal, a inclusão do próprio edifício Watergate no enredo e até o velho Saab de Russel Crowe faz subtilmente lembrar o Volvo 122 de Bob Woodward, protagonizado por Robert Redford no filme de 1976.
A acrescentar a tudo isto, o filme levanta de modo inteligente muitas das interrogações sobre o papel da imprensa e a sua crise face aos blogs e às versões digitais dos jornais que se limitam meramente a relatar de modo repetitivo e redutor a espuma dos dias. Como diz o crítico do Público, Luís Míguel Oliveira, "a graça de "Ligações Perigosas" está na transposição do clássico filme de investigação jornalística para o adverso contexto contemporâneo, quando ninguém tem paciência para ler o produto do extenso trabalho de campo de um jornalista e toda a gente corre para os "blogues" à procura de "opiniões".
A cena final, antes dos créditos, que descreve o processo de impressão de um jornal é perfeita. Sai-se do cinema com vontade de comprar jornais!
Recomenda-se!

segunda-feira, junho 22, 2009

Opiniões...

Anda por aí uma corrente muito céptica relativamente ao papel e ao perfil de Mousavi e das intenções dos opositores ao regime vigente no Irão.
Genericamente, ataca-se o candidato verde por ter um passado cúmplice com o sistema e critica-se a oposição por agregar interesses e facções muito diferentes que vão desde os saudosistas dos Pahlavi até a personalidades conservadoras, retrógadas e pouco recomendáveis que, por um motivo ou por outro, terão sido afastadas da clique que governa a República Islâmica.
Mas, há algum processo de mudança, mais ou menos revolucionário ou mais ou menos evolutivo, que não seja assim? Até a própria Revolução de Outubro na Rússia não acabou por recuperar algumas figuras do velho e obsoleto czarismo?
Mas, voltando a tempos mais actuais. Gorbachev era um homem do regime? Sim! De Klerk era um homem do regime? Sim! Raúl Castro é um homem do regime? Sim! Spínola, Costa Gomes e Otelo não foram homens do regime ou que, pelo menos, ganharam notoriedade e prestígio ao seu serviço! Sim!
E, no entanto, nada disso impediu que na União Soviética, na África do Sul, em Portugal e até em Cuba (vamos ver no que vai dar esta pequena abertura encetada pelo mano Castro) não tivessem ocorrido processos de transição ou de revolução no sentido de sistemas mais democráticos.
Quanto às verdadeiras intenções dos integrantes dos movimentos reformistas, basta ver o que se passou em Portugal em 1974. Basta olhar para a composição do primeiro governo provisório ou para a celebração do primeiro 1º de Maio em Lisboa. Estavam lá todos. Unidos e abraçados! Um ano depois, o país encontrava-se à beira de uma guerra civil...
É o devir da História. Ontem em Lisboa, hoje em Teerão.
Enshã'allãh*
* "Deus queira", em Farsi

Em memória de Neda:

quinta-feira, junho 18, 2009

Algodão doce



Muito macia e delicodoce a entrevista ao Engenheiro... Tinham razão os assessores socialistas ao preferirem a Ana Lourenço ao veterano e experimentado Mário Crespo.



Fantástico, Socrático e Palmático! Com uma muito humilde e devida vénia ao 31 da Armada:

Ainda o Irão. Resposta a Henrique Burnay do 31 d'Armada

Caro Henrique, quem lê o 31 percebe perfeitamente o que é uma provocação. Todavia, há aquelas que são inteligentes e há as outras...
Em lugar nenhum referi que os iranianos são todos esclarecidos e que foram votar em Mousavi por causa do discurso do Obama no Cairo. Se bem se lembra há um outro discurso anterior, traduzido em Farsi, dirigido precisamente ao povo iraniano. Mas isso é apenas um detalhe menor...
O que conta é que Obama - que não é nenhum salvador da pátria, aí concordo consigo - tem contribuído para arrefecer o clima de perigosa crispação com a maior parte do mundo islâmico e tem conseguido estabelecer algumas pontes. Aliás, o republicano Kissinger fez rigorosamente o mesmo com a China de Mao , lembra-se?
O que espanta no Irão - e eu estive lá aqui há uns anos - é o dinamismo e o activismo de certas camadas da sociedade, sobretudo nas grandes cidades. Aí, acredite, há muita gente esclarecida que faz tudo para marcar a sua posição anti-regime. Em gestos tão simples quanto o uso de Levi's debaixo dos chadors ou de lenços coloridos pelas mulheres mais jovens que tapam apenas uma parte do cabelo, passando pela instalação ilegal de antenas parabólicas para ver os canais de tv ocidentais (o Jay Leno e o Jon Stewart são vedetas para a juventude universitária) e pelo uso quase fanático da internet (o Irão é um dos países com maior presença na blogoesfera ).
Por outro lado, também importa reconhecer que há uma componente importante da sociedade iraniana que é conservadora e para a qual o radicalismo xiita e os seus líderes são centrais e inquestionáveis. Se assim não fosse, como se explicaria a revolução islâmica de 1979?
Por tudo isto, e sem ameaças externas que possam ser aproveitadas e utilizadas de modo demagógico pelo regime criminoso dos mullahs, poderão estar criadas algumas condições para uma abertura do regime. Agora, também convém relembrar que Mousavi é um homem feito pelo regime, como o foram noutras circunstâncias e noutros lugares Gorbachev e De Klerk . Se será capaz, caso este movimento obtenha sucesso, de abrir o regime é uma questão que só o futuro poderá dar resposta...
Mas que há brechas e que a República Islâmica nunca tremeu tanto como nestes dias, isso parece ser uma verdade indesmentível.
E sem Bush ...

quarta-feira, junho 17, 2009

Ideias peregrinas

Só um comentário a esta ideia peregrina dos acontecimentos de Teerão serem uma vitória de Bush, como se defende no 31 d'Armada.
O que está a acontecer em Teerão só pôde acontecer nesta escala inesperada porque o triste do Bush já não risca nada. Deste modo, o inimigo satã deixou de fazer sentido aos olhos dos iranianos, como o prova o discurso mais apaziguador de Obama.
Se bem se lembram, durante a administração Bush, e após a invasão do Iraque, esteve sempre no ar a ideia saloia e perigosa de atacar militarmente o Irão.
Este foi precisamente um dos muitos condimentos que ajudaram em muito à popularidade interna do ditador Ahmadinejad. Os iranianos são um povo nacionalista e orgulhoso da sua cultura persa e o regime teocrático explorou ao limite e do modo mais primário possível este filão a que acrescentou outro, a sempre eterna ameaça sionista.
Hoje, para o iraniano comum esclarecido, estas ameaças estão relativizadas e por isso o que salta à vista é a realidade interna da economia, das promessas por cumprir e da repressão dos costumes e dos direitos cívicos que o regime dos mullahs impõe a uma sociedade que se quer libertar.
Dizer que isto é uma vitória do Bush é tão básico e enganador como dizer que a actual crise económica é uma vitória do Marxismo...

José Eduardo Moniz no Benfica?

Segundo o Expresso, José Eduardo Moniz, actual Director Geral da TVI e marido da Manuela Moura Guedes, será candidato à presidência do Benfica na lista das oposições reunidas. Esta facção encarnada mais parece um albergue espanhol, pois consegue integrar nomes tão díspares como o ex-jogador Veloso, o juíz Rui Rangel, Manuel Damásio, Jaime Antunes ou o inevitável José Veiga.
Fontes bem informadas afirmam que Manuela Moura Guedes será a futura directora desportiva, substituindo assim Rui Costa.
Será verdade ou tão somente imaginação minha?

Será verdade? Ou tão somente imaginação?

Corre por aí que Mário Crespo terá sido vetado pelo staff de José Sócrates para conduzir a entrevista que este dará hoje à noite na SIC, depois de enfrentar no parlamento a moção de censura do CDS.
Em alternativa, o nome consensual foi o da bem interessante jornalista e apresentadora Ana Lourenço.
Segundo alguns meios bem informados, os assessores do primeiro-ministro não aceitaram o nome do mais carismático apresentador do canal de notícias de Balsemão devido às suas posições públicas relativas a este governo. Recorde-se que Mário Crespo no seu Jornal das 9 tem dado algumas alfinetadas no governo e na sua coluna de opinião semanal no Jornal de Notícias tem sido bastante duro com os socialistas.
"Para ser entrevistado por Mário Crespo, então mais valia ir ao tirocínio com a Manuela Moura Guedes na TVI" terá comentado um assessor.
Será verdade ou será só imaginação minha?

terça-feira, junho 16, 2009

O Furacão acordou... mas já volta a adormecer


Segundo o Público, mais uma das empresas emblemáticas do Socialismo Socrático, a Visabeira, está a ser alvo de buscas no âmbito da sempre eterna e omnipresente Operação Furacão a mando da não menos surpreendente procuradora Cândida Almeida, a tal que ainda anda à procura do filho do tio do Zézinho...

segunda-feira, junho 15, 2009

Pugilato parlamentar


Combate ao rubro na Comissão Parlamentar em:
http://static.publico.clix.pt/homepage/aovivo/
Pérolas imperdíveis!
"Isto não é o Burkina Faso!": Vítor Constâncio dixit (em surdina)
"Se eu estivesse à frente de um órgão, eu assumia": Nuno Melo dixit

"O que eu noto é que isto não terá fim (a audição)": Vítor Constâncio dixit
"O senhor governador é uma pessoa inteligente e eu não me tenho em muito pior conta": Nuno Melo dixit
"Depois de ignorante, daí para baixo pode utilizar qualquer um (adjectivo)": Nuno Melo dixit
"O sr. Governador é que é o inteligente da companhia": Nuno Melo dixit

"Accionistas pintados": Vítor Constâncio dixit
"Já tenho medo dos adjectivos, Sr. Deputado": Vítor Constâncio dixit
"Eu não cometo a indelicadeza de lhe chamar ignorante. Remete-o para o Código Penal": Nuno Melo dixit
"Estou cá há 3 horas! Não há regras!": Vítor Constâncio dixit (em surdina)
"O que está a dizer são meras suposições de quem não percebe nada": Vítor Constâncio dixit
"Suponho que a sra. Presidente não tem dons premonitórios...": Nuno Melo dixit
"O sr. Governador é que não sabe do que fala... Pondere mais no que fala": Nuno Melo dixit
"Vá supervisionar!": Nuno Melo dixit
"Oh Sra. Presidente, um intervalo por favor!": Vítor Constâncio dixit

O Irão e as suas contradições

Aqui há uns anos estive no Irão durante 3 semanas.
Corri o país de lés a lés. Do Cáspio ao Golfo Pérsico encontrei um país surpreendente na Cultura, na História, na Arquitectura e na espantosa cordialidade do seu povo. Foram umas férias inesquecíveis!
Estávamos então em pleno consulado do moderado Kathami (hoje apoiante do contestatário Mousavi) e nas ruas sentia-se uma liberdade controlada que permitia criticas mais ou menos tímidas ao regime dos ayatollahs. A tensão entre os duros do regime e as facções mais moderadas era evidente e, aos olhos de um estrangeiro, o ambiente político e social era estremamente cativante.
Com a devida distância, vivia-se uma espécie de primavera marcelista. Kathami, que tinha sido eleito por uma esmagadora e surpreendente maioria assente no eleitorado jovem, urbano e feminino com promessas de reformas políticas e cívicas num regime extremamente inflexível e dominado pela figura omnipresente de Khomeni, acabou por falhar deixando um lastro de frustração nas hostes mais liberais. No fundo era um homem do sistema e que o sistema tudo fez por anular.
Num estado teocrático como o Irão, o poder político continua a ser uma emanação de Deus e o Supremo Líder, o ayatollah Ali Khamenei, e o Conselho dos Guardiões são os seus detentores derradeiros.
Hoje, o Irão volta a viver esta eterna tensão entre uma sociedade laica e moderna que o Xá tentou impôr violentamente e uma sociedade e um aparelho de Estado alavancados na tradição mais conservadora dos Shiitas que, sem os inimigos externos e ameaças reais de outrora (o Iraque de Saddam ou os Estados Unidos de Reagan e Bush), se sente em perigo. Resta Israel como eterno inimigo para excitar o povo.
É por isso que o Ocidente não pode cair no erro maniqueísta e simplista de voltar a etiquetar o Irão como um dos membros do Eixo do Mal. Apesar do cerco e das limitações impostas pelo poder religioso dominante, a sociedade iraniana apresenta um dinamismo e uma criatividade fabulosos (veja-se como a Internet e o You Tube têm sido utilizados nesta crise) nos quais as mulheres e os jovens desempenham um papel central contrariamente ao que sucede em alguns países vizinhos, tão amigos e tão protegidos pelo Ocidente...

sexta-feira, junho 05, 2009

Não percebo porque raio a esquerda não quer o Durão na Comissão!

Amanhã é dia de reflexão

Finalmente chegámos ao último dia de campanha eleitoral!
Amanhã vai imperar o silêncio e as picaretas falantes vão poder descansar as suas gargantas
E nós os nossos ouvidos e, sobretudo, a nossa cabeça.
O disparate, por um dia, estará silenciado e em repouso.
Domingo, lá vão eles voltar, ufanos, para declararem vitória.
Sim! Porque, por isto ou por aquilo, todos serão vencedores...

quinta-feira, junho 04, 2009

Tiananmen foi há 20 anos

Será que a Ilda Figueiredo vai hoje festejar mais estes 20 anos de violação dos Direitos Humanos na amada pátria do Mao?

A este propósito vale a pena ler isto no Delito de Opinião

quarta-feira, junho 03, 2009

Limpa-te Ricardo, limpa-te...

Ricardo Costa, director adjunto do Expresso, esteve agora na SIC Notícias e tentar limpar-se da bronca em que está metido sobre a notícia das acções de Cavaco Silva da SLN vendidas em 2003.
Nesta tentativa patética, Ricardo Costa diz qualquer coisa como isto: "Cavaco Silva foi accionista da SLN que custou não sei quantos mil milhões de euros ao Estado".
É verdade. E então?
É pecado ter sido accionista de um banco que, à altura, era uma instituição legal, autorizada e avalizada pelo regulador?
Ricardo Costa diz que é uma notícia relevante do ponto de vista jornalístico.
Ah! Então, o director adjunto do Expresso também deve colocar em primeira página que o seu patrão, Pinto Balsemão, é accionista dessa outra pérola do sistema bancário português chamada Banco Privado Português...
E será isso pecado? Parece-me que não!
O problema de fundo neste episódio é que houve alguém no Expresso que se esqueceu de fazer jornalismo de investigação a sério e não resistiu à publicação de uns documentos que lhe foram soprados com outras intenções.
Azar! Da próxima vez não sejam tão precipitados...

Grande resposta!

O inquilino de Belém provou hoje que não anda aqui a brincar aos políticos (vale a pena ver o vídeo no "i"). Com uma resposta directa, seca e solene q.b. mostrou o seu lado da história no que se refere ao caso da compra e vendas das acções da SLN.
Para mim foi esclarecedor!
Oxalá outros pudessem mostrar tanta clareza e certeza relativamente às sucessivas suspeitas em que estão envolvidos...
Só uma questão final. Se, em 2002/2003, era pecado ter acções da SLN, onde é que estava o Banco de Portugal e o seu majestático governador para alertar os incautos investidores?
Entretanto, o Expresso já publicou no seu sítio uma nota a justificar-se pela notícia que foi manchete da sua edição do passado sábado. Contudo, não adianta muito. O que é certo é que houve alguém naquela redacção que não fez ou não quis fazer trabalhinho de casa.
E nestes casos Cavaco não perdoa. A sua resposta foi certeira e eficaz!
Meninos! Esta fica para os compêndios. É assim que se constrói uma imagem à prova de bala.

Indignidade e irresponsabilidade

É certo que foi só com esta polémica, provocada por uma birra de meninos mal comportados, que o país mais ou menos real teve conhecimento de que, afinal existia em Portugal uma Provedoria da República.
Numa época em que só existe o que é mediático e quem é mestre em produzir "sound bytes", o trabalho silencioso e, provavelmente, silenciado da Provedoria tem, no mínimo, passado despercebido ao cidadão comum. Contudo, a realidade "real" parece desmentir a realidade virtual a avaliar pelas estatísticas da actividade produzida por esta instituição, hoje divulgadas pelo Provedor demissionário.
Seja como for, o que é mesmo irreal é a forma como os meninos birrentos do Bloco Central encararam esta brincadeira de eleger o novo Provedor. Como sucede frequentemente com as crianças, ambos queriam ficar com o brinquedo só para si. O PS porque quer dominar o aparelho de Estado e não quer conviver com putativas forças de bloqueio. O PSD porque cada vez mais vê o poder por um canudo e precisa desesperadamente de um cargo com algum prestígio com que possa roer as canelas ao Engenheiro.
Deste modo, os interesses partidários foram mais importantes que os interesses do Estado e que o prestígio das instituições, a começar e a terminar na Assembleia da República.
Nascimento Rodrigues ao apresentar hoje no próprio lugar do crime, isto é na Assembleia da República, a sua demissão após quase um ano de perpetuação do problema da eleição do seu sucessor demonstrou uma dignidade e um sentido de Estado só comparáveis em sentido oposto com a verdadeira indignidade e completa irresponsabilidade dos meninos José Sócrates e Manuela Ferreira Leite.

Bartoon de hoje no Público




terça-feira, junho 02, 2009

Impressões de mais um dia de crise

Enquanto o avô cantigas e a sua corte de autocarros cheios de velhos e jovens imberbes transformados em figurantes bradam pelo Portugal Positivo que só eles conseguem ver, os números do desemprego mostram que vamos, alegremente e em festa, a caminho dos 10%.
O drama de tudo isto é que olhamos à volta e não vemos muitas alternativas.
De um lado temos autocarros e fanfarras, do outro temos uns jantaritos tímidos e sem alma com o pessoal da casa e pouco mais.
De tudo isto o que é que fica de relevante? Apenas a simples e inevitável alternância entre PS e PSD.
Como num triste jogo de espelhos.

segunda-feira, junho 01, 2009

Já fede


De facto, esta é uma campanha muito fraquita.
O nível é tão rasteirinho que começa a feder...
Já estou como o Campos e Cunha, o melhor é mesmo votar em branco ou então... ir mesmo para a praia!
É tudo tão primário, tão básico e tão artificial que se chega a ter saudades da Odete Santos.

domingo, maio 31, 2009

Clara Ferreira Alves


As crónicas de Clara Ferreira Alves no Expresso, conjuntamente com as de Miguel Sousa Tavares são das poucas coisas que ainda me fazem comprar o vetusto semanário do Dr. Balsemão.
Neste sábado, as opiniões de CFA sobre a (in)Justiça, sobre a Polícia que adora porrada, sobre o bastonário incontinente e sobre o jornalismo de "excelência" da TVI são um hino à clarividência e ao bom senso que, nestes dias, parecem ser bens escassos no nosso espaço público.
Vale a pena ler e, com muito alívio, concluir que ainda há pessoas que pensam como nós, simples mortais!
Nota: A crónica do passado sábado já está online. (ver aqui)

sexta-feira, maio 29, 2009

Criatividade diplomática


Em tempos de crise, o português tem de facto uma capacidade criativa inata.
Segundo as notícias de hoje, o nosso homem em Dakar, isto é o embaixador da República Portuguesa, aborrecido com o tédio que deve ser representar um grande país como o nosso noutra grande potência como o Senegal, decidiu animar as noites da capital deste país africano.
Vai daí lembrou-se de instalar um lupanar (palavra curiosa esta) em plena embaixada lusa.
Sucesso garantido.
A alta sociedade senegalesa e a comunidade diplomática eram clientes fiéis e frequentes.
Mas como nestas coisas há sempre umas almas invejosas que não gostam do sucesso alheio, houve alguém mais zeloso que deu com a boca nos dentes e estragou o negócio do embaixador que, por ordem do Palácio das Necessidades, acabou recambiado para Lisboa.
Acabaram-se as festas.
O prazer foi temporariamente suspenso em Dakar.
E a embaixada portuguesa voltou a ser o que era. Um lugar entediante e cinzento.

quinta-feira, maio 28, 2009

Amanhã é sexta-feira...

Depois de uma semana quente como esta, metade do país político deve estar em pulgas para assistir amanhã a mais uma edição do Jornal da Noite da TVI. A outra metade deve estar a roer as unhas, rezando para não ser vítima do jornalismo da estação de Queluz (ver este post).
Temas há muitos.
Antes demais o Sócrates, o tio do Sócrates, o filho do tio do Sócrates, a mulher a dias do Sócrates e o porteiro do Sócrates. Depois podemos ter o Dias Loureiro, o inevitável Oliveira Costa e, claro... o Sócrates.
Finalmente, calculo que o prato do dia deva também incluir umas farpitas a esse monumento à estupidez regulamentar chamada ERC e uns tiritos ao Bastonário da Ordem dos Advogados que, heresia suprema, conseguiu ter mais protagonismo na semana passada do que a própria Manela Moura Guedes.
Foram cardos foram prosas...

quarta-feira, maio 27, 2009

Aníbal! O Loureiro já se atirou!


- E o Constâncio? Sabe nadar?




Quadro de Jessica Dunn, em exposição na Corte-Real Gallery em Paderne no Algarve.

Finalmente...

Parece que o sr. conselheiro finalmente percebeu que só havia um caminho, a demissão pura e simples, sem aditivos nem justificações de maior.
Sempre tive o ex-conselheiro Loureiro como um homem inteligente e arguto. Daqueles que percebem as coisas à distância e que jogam sempre na antecipação para ganhar vantagem perante os acontecimentos e perante os adversários do momento.
Ainda estou para perceber esta teimosia em manter-se numa posição completamente intransigente e irracional. A consequência só poderia ser esta: a demissão em condições pouco ou nada honrosas.
Se o tivesse feito há meses, assim que estalou o escândalo do BPN, teria esvaziado de imediato a polémica, teria saído com estilo e honradez, não teria envolvido a Presidência da República, ainda que indirectamente, e hoje não estaríamos aqui a bater no ceguinho.
Confesso que não entendo tamanha falta de lucidez... ou talvez entenda.

terça-feira, maio 26, 2009

Oliveira e Costa no seu labirinto: notas de um depoimento (3)

Imparidades.
Valores perenes da Humanidade.
Raça Humana.
Princípio enformantes.
Fotografia.
Informação em bruto, odioso.
Desfecho final, reserva oculta.
A verdade da mentira.
Orfandade.
Luísa Bessa.
Castrados, frustração e trauma.
Mil e trezentos milhões de euros.
Reservas de petróleo.
Luanda, 25 milhões de euros.
Tem ou tinha. Cabinda Norte.
"Beba água".
Cimento barato e Autoridade da Concorrência (outra vez).
"Por muitos erros que se tivessem cometido, ninguém poderá dizer que Oliveira e Conta é culpado pela perda de um cêntimo sequer."
Espoleta, armadilha, kamikaze.
"Muito obrigado"

Oliveira e Costa no seu labirinto: notas de um depoimento (2)

António Marta, Dias Loureiro.
Estilhaços, impulsos, problemática do ego.
"Aonde é que eu ia???"
Marrocos, Rei, futuro.
José Roquette, Moçambique e vinhas.
Armando Pinto, Daniel Sanches, Lencastre Bernardo, Luís Caprichoso.
Cimentos, pura imaginação, Aveiro
Talento, gestor, organizador.
Desbaratar tempo, sobranceria, embaraço e voluntarismo.
Síndroma de frustação, a mania dos jornalistas e inocência.
"Penoso, penoso mesmo."
Presidente em seis meses.
El Assir, tarifas de saneamento, personalidades de expressão mundial.
Superstição, Triângulo das Bermudas, cargueiro afundado.
Porto Rico, Dr. Jordão.
Cascais, 11 da noite, inevitabilidade e esperança.
Dr. Gaspar, Dr. Avelino, tecnologia, Moçambique.
Sandes.
Abel Mateus, SIBS
Mais sandes.
Comissões e taxas.
Vítima.
Papéis, perguntas, palavra contra palavra.
Veículo autónomo.
Copo de água. IPO.
Ferida a sangrar... o tempo desvanece a memória.
O ego (outra vez).
Koweit, acolhimento simpático, sapatos e meias, palacete.
KIO, instâncias, relatórios, consultores e encenação.
Caixa da Galicia, atracção pelos espanhóis, Corunha.
Parceria na saúde, rede de lares, Jonh Hopkins.
"Olhe Zé!", ministro, venda de acções e reserva mental.
"Não sou para brincadeiras", escritório, pintura de automóveis e fiasco.
Volkswagen.

Casa de banho

Oliveira e Costa no seu labirinto: notas de um depoimento (1)

Árabes, Carlyle, Angolanos e Líbios.
Coimbra, Cadilhe e Vakil.
Grupo dos 10, grupo dos 4 e UBS.
Jurilis, Pedro Rebelo de Sousa e mais um bando de advogados.
Washington, Suiça, Coimbra (a cidade) e Lisboa.
Aximage, Neves dos Santos, Engº Adam e Operação Cabaz.
Tudo bons rapazes!
Vai uma aguinha? Vai um cházinho?
Tudo límpido e transparente!

A verdade inconveniente de Oliveira e Costa

Nem o José Eduardo Moniz faria melhor nas suas telenovelas...
Oliveira e Costa vai hoje ao parlamento prestar declarações, de forma voluntária.
Depois de tanto esquecimento, de tantas contradições e de tantas acusações surpreendentes dos restantes protagonistas desta novela, o ex-líder do BPN deverá, com o depoimento de hoje, marcar profundamente o devir próximo deste caso.
Foi inteligente e astuto.
Fez passar para a opinião pública uma ideia de "animal" derrotado e abatido. Uma autêntica carta fora do baralho.
Dessa forma "incentivou" os amigos de ontem e os inimigos de sempre a aparecerem e a enterrarem-se em plena praça pública com declarações contraditórias, amnésias e outros incidentes vários. De virgens ofendidas a anjos enganados vimos de tudo. Ninguém sabia de nada, ninguém foi cúmplice em coisa alguma. Todos assinaram de cruz papéis comprometedores porque, ingénua e candidamente, acreditavam no presidente do banco.
Agora, num verdadeiro golpe de teatro, Oliveira e Costa virá ao parlamento dizer a sua verdade inconveniente e com ela arrastará muita gente. Desde o Banco de Portugal até ao sr. conselheiro de Estado, passando por toda a corte que ainda há pouco tempo o idolatrava e agradecia as ricas migalhas que generosamente caiam da farta mesa onde se jogavam as negociatas do BPN. Vamos ver como corre o episódio de hoje, ao vivo e em directo no sítio do Público.

segunda-feira, maio 25, 2009

Capa da New Yorker de Junho, por Jorge Colombo



Com a devida vénia ao "i" e à New Yorker

A imigração

Estes tempos de campanha eleitoral são perigosos pelo facilitismo e pelo maniqueísmo que propiciam. Um bom exemplo é esta questão da imigração.
A imigração tem sido nos últimos tempos o sustentáculo do nosso, mesmo assim, modesto crescimento demográfico. Em matéria económica, há muitos sectores de actividade que dependem quase exclusivamente de mão-de-obra estrangeira. Do turismo à agricultura, passando pela pesca e construção civil. Segundo o Público, os imigrantes representam 6% do nosso PIB. Mais do que a AutoEuropa e do que a Qimonda...
Ao contrário do que se quer fazer passar à Direita, a integração imediata desta gente não tem constituído um problema de maior. As bolsas de criminalidade e de violência têm sido protagonizadas pelas segundas gerações e em zonas que, historicamente, sempre foram problemáticas. Mesmo antes da última grande vaga de imigração, a maior parte destas áreas na cintura das grandes cidades já eram complicadas e, então, os seus habitantes não eram, na sua maioria, imigrantes...
Contudo, os problemas de insegurança não podem ser negligenciados como o faz alguma Esquerda. É aí, precisamente, que o esforço de integração deverá ser maior. Simultaneamente, a prevenção policial tem que ser uma exigência permanente. Uma maior presença efectiva e sentida das forças policiais em zonas de risco, e não nas secretárias a carimbar multas, também contribuiria para uma sensação de maior segurança entre as populações.
Finalmente, em termos sócio-culturais está por demais evidenciado as vantagens competitivas que a diversidade propiciada por uma imigração regulada e sustentada implica em sociedades estáveis e democráticas. Olhe-se para o exemplo norte-americano, para a Holanda, para os países nórdicos ou mesmo para Espanha e percebe-se, facilmente, que a mistura de culturas é um ingrediente potente para a criatividade e para o desenvolvimento económico e social.
Tensões e problemas haverá sempre. Já Afonso Henriques, no seu tempo, se queixava do mesmo...

domingo, maio 24, 2009

A festa começa hoje

Oficialmente começa hoje a campanha eleitoral para as eleições para o Parlamento Europeu.
Até Outubro vamos andar num virote, com muito cheiro a bifana e a sardinha assada, em que o país real e os seus problemas vão ser secundarizados pelos "sound bytes" que cada candidato e cada partido precisam de debitar no espaço público para se fazerem ouvir no meio de todo o ruído que por aí abunda.
Infelizmente, não são as ideias ou os projectos que vão estar sob o escrutínio dos media e dos eleitores, mas sim os episódios caricatos, as gaffes e demais desventuras dos candidatos.
Em Outubro, após as eleições e depois do circo estar desmontado, vamos voltar à triste realidade e quaisquer que sejam os resultados, os vencedores e os vencidos saídos da contenda eleitoral, temo, tememos todos, por uma sensação de vazio absoluto.

Oxalá me engane!

sexta-feira, maio 22, 2009

Confronto de Titãs no Jornal Nacional da TVI

Melhor do que um Brasil - Argentina;
Melhor do que um Benfica - Sporting;
Melhor mesmo do que um Farense - Olhanense;
Só o Marinho Pinto vs Manuela Moura Guedes!
Foi hoje no lugar do costume, o Jornal Nacional da TVI.
Estiveram ao melhor nível com insultos e impropérios e outras caneladas de classe superior e, quando se esperava a estocada final, o encontro terminou abruptamente com um intervalo comercial por indicação do árbitro, José Eduardo Moniz...
Memorável!

Ainda e sempre João Bénard da Costa (2)

Textos notáveis e intensos sobre João Bénard da Costa de Miguel Esteves Cardoso, Alexandra Prado Coelho e Alexandra Lucas Coelho no Público e de Pedro Lomba no "i" de hoje.
Vale a pena comprar, ler e guardar.
Infelizmente ou talvez não, é em momentos tristes como este que se sente o poder criador, intimista e, sobretudo, insubstituível dos jornais. Não há internet, blogs ou twitters que consigam transmitir esta sensação absoluta de riqueza depois de ler e tactear no papel prosas com esta força.

"Deus, apresento-Te João Bénard. João Bénard, apresento-te Deus"
MEC na edição impressa do Público

Ainda e sempre João Bénard da Costa

Acabei de ver na RTP2 um fantástico documentário sobre o génio de João Bénard da Costa.
As saudades que vamos ter daquela voz timbrada, simultaneamente, grossa e suave e daquele intenso brilho dos olhos que só a paixão e a sabedoria permitem...

quinta-feira, maio 21, 2009

Johnny Guitar, um dos filmes preferidos de Bénard da Costa




Realizado por Nicholas Ray em 1954
Produzido por Herbert J. Yates
Baseado no livro de Roy Chanslor
Argumento de Philip Yordan
Com Joan Crawford, Sterling Hayden, Mercedes McCambridge e Scott Brady



"Cinema é Vida, Vida é Cinema!"

Morreu hoje João Bénard da Costa.
Isto é uma... (ver este post), de novo!

quarta-feira, maio 20, 2009

Nem na Feira do Relógio...

Segundo o Público, o nosso ministro das Finanças acha que o BPN deve ser vendido.
Ideia brilhante!
Só uma questão. Haverá alguém interessado?
Nos dias que correm só talvez o Benfica e Luís Filipe Vieira. A avaliar pela notícia do "i" houve quase uma centena de aquisições nos últimos nove anos.
Se atentarmos à lista de jogadores comprados, concluímos que há ali fraudes do tamanho do BPN...

O mundo em 1654 e em 2009

1654:
"A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros.
Grande escandâlo é este, mas a circunstância o faz ainda maior.
Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos.
Se fora pelo contrário, era menos mal.
Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos;
mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande."
(...)
"Santo Agostinho que pregava aos homens, para esclarecer a fealdade deste escândalo, mostrou-lho nos peixes;
e eu, que prego aos peixes, para que vejais quão feio e abominável é, quero que o vejais nos homens."
in Sermão de Santo António; Padre António Vieira, 1654.
2009:
"Peço-vos desculpa. Estou em falta: não tenho arranjado tempo para vos falar das amadas Tombouctou e Guiné e dos famigerados vírus, o da gripe que apavora o visível mundo ocidental e o da meningite que mata aos milhares, silenciosamente, no Chade, no Níger...países invisíveis com povos sem rosto e sem voz... patético!"

terça-feira, maio 19, 2009

Teoria da Conspiração

Duas notícias, uma suspeita:
a) «Berlusconi subornou um advogado para garantir “impunidade” e “lucros”»
b) «Marinho Pinto declarou (...) já ter sido “procurado” no seu escritório para “praticar determinado tipo de actos” ilícitos».
Que andará o Berlusconi a tramar com o Marinho Pinto?

Dupond Dias vs. Dupont Vital

Desculpem lá os lagartos, mas esta é irresistível...
O Dias Ferreira está para o futebol como o Vital Moreira está para a política.
Ambos são vítimas das circunstâncias.
Mas, o mais grave e o mais sério de tudo isto é que, às tantas, já ninguém percebe bem se é a política que imita o futebol ou se é o futebol que imita a política?
O ano eleitoral promete.

Foi há 47 anos...

segunda-feira, maio 18, 2009

Olhanense


Historicamente as rivalidades entre Faro e Olhão e entre os seus clubes mais representativos, Farense e Olhanense, são as mais fortes e mais aguerridas existentes no Algarve. Em termos desportivos só terão equivalência aquela que, à escala nacional, opõe Benfica e Sporting.
A este propósito recordo-me de 3 episódios que envolveram os clubes da Capital do Algarve e da Cidade da Restauração.
Primeiro, um célebre Olhanense-Farense jogado no José Arcanjo em Olhão, cheio de emoção e pleno de incidentes. O jogo, decisivo para a subida do Farense à então primeira divisão, terminou com a vitória deste por, salvo erro, 2-1. Mas, o que marcou realmente o jogo foi a saída forçada do Paco Fortes escondido no porta-bagagens de um carro, pois os adeptos do Olhanense não lhe perdoaram a exibição, as provocações e, até a agressão a um polícia que, a dada altura, se esqueceu da sua condição de agente de autoridade e assumiu a de adepto olhanense. Em Olhão as coisas são levadas mesmo a sério.
O segundo episódio aconteceu mais recentemente, em plena agonia do Farense, quando os dois clubes protagonizavam percursos opostos. Ascendente para o Olhanense contra a queda a pique do Farense. Aconteceu no mítico e velhinho São Luís. O jogo, o último de cariz oficial entre as duas equipas, contava para a 2ª Divisão B. Com o Olhanense na liderança, a cidade de Faro foi literalmente invadida pelas gentes de Olhão. Estádio cheio, jogo bonito, provocações entre os dois lados e, no final, a vitória justa do Olhanense por 1-0.
Por fim, a terceira memória, que reflecte o que é o Algarve e o que são os Algarvios.
Final da Taça de Portugal de 1989/1990, Farense - Estrela da Amadora, Estádio Nacional cheio, e à minha frente uma convicta adepta olhanense com uma respeitável idade, trajada a rigor com as cores do seu clube, gritava e puxava pelo Farense como eu nunca vi em Faro e em lado nenhum...
Por tudo isto, como Farense e, sobretudo, como Algarvio sinto um profundo orgulho pela subida do Olhanense à Primeira Liga. Que fique por lá muito tempo. Para que o próximo derby Farense - Olhanense possa acontecer na divisão mais importante do futebol português.