segunda-feira, agosto 25, 2003

Lições do Iraque

Já se tornou uma rotina o facto de todos os dias haver baixas americanas no Iraque. O todo poderoso exército americano, libertador dos povos oprimidos, vai sendo dizimado metodicamente e mediaticamente. Os números não são propriamente escandalosos, mas o facto é que o impacto que os meios de comunicação dão a esta forma corrosiva de diminuir a moral do Tio Sam, começa a ter efeitos na decisiva opinião pública e a causar receios fundados na Casa Branca.

Não é por acaso que, de um momento para o outro, se deixou de ouvir falar em estados párias, em eixos do mal e outras alucinações do género a que a euforia da vitória aparentemente fácil conduziu. Por enquanto, o Irão e a Coreia do Norte podem estar descansados.

Todos os dias morrem americanos no Iraque onde o caos está instalado. No Afeganistão, apesar das melhorias verificadas face à anterior insanidade dos Taliban, a coisa não está muito segura. No eterno conflito entre Israel e Palestina são os extremistas de ambos os lados quem mais ordena. É esta a realidade da brilhante política externa norte americana.

Em tempos muito remotos, o rei Midas tinha o dom de transformar em ouro tudo aquilo em que tocava. Hoje, o ignorante Bush transforma em cinza e destruição tudo aquilo em que se mete...

P.S. Esta coisa de se considerar o Irão um Estado Pária tem muito que se lhe diga. Um dia voltaremos a este assunto.

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