terça-feira, outubro 07, 2003

A vigança do homem comum...

A demissão dos dois ministros de Durão Barroso teve o condão de provar algo que é cada vez mais indescutível: o poder que os media assumem nas sociedades modernas.

Mas, mais do que isso, este surpreendente caso provou que, frequentes vezes, há pessoas que, apesar de nominalmente não serem portadoras de uma capacidade de grande influência ou de não personificarem qualquer poder instituído, podem deter por breves momentos um enorme poder posicional.

Imaginem aquilo que pode acontecer se um funcionário anónimo de um ministério qualquer tiver a sorte (ou o azar) de contactar com um documento comprometedor ou de, simplesmente, ouvir uma conversa melindrosa. Imaginem, igualmente, que esse mesmo funcionário anónimo e insignificante resolve dar o "grito do Ipiranga" e contactar um qualquer jornalista de uma qualquer televisão da nossa praça... O que é que pode acontecer? Um escândalo político e a suprema vigança do homem comum.

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