100 dias depois, Obama continua a não desiludir. O mundo está mais seguro e, sobretudo, mais confiante do que estaria se continuassemos entregues às diatribes de Bush, Sarkozy e Barroso.
Obama continua a inspirar os mais sonhadores ao mesmo tempo que vai convencendo os adeptos da "real politik" com medidas e tomadas de posição certeiras, duras e, aparentemente, eficazes.
Como escreve hoje, na edição impressa do Público, Teresa de Sousa, "em 100 dias, o novo Presidente redefiniu a política americana, capitalizando sobre a boa vontade mundial que a sua eleição suscitou. Devolveu à América o seu prestígio e a sua autoridade moral. Pôs o resto do mundo a coçar a cabeça. Não se pode dizer que tenha sido pouco".
A América sabe, hoje, que tem um líder com visão e cujas as posições são respeitadas no mundo. A América sabe, hoje, que tem todas as condições para, uma vez mais, se reinventar e recuperar a condição de líder da mudança como, aliás, já sucedeu em outros momentos críticos como a seguir à Primeira Grande Guerra, à Grande Depressão, à Segunda Guerra Mundial ou na ressaca do fiasco do Vietname.
Os Estados Unidos são presentemente um urso ferido que está a lamber as feridas e a preparar o seu regresso mais forte e mais preparado do que nunca para fazerem face a um novo paradigma geo-político e sócio-económico. A China, a India e a Rússia são jogadores de peso, incómodos e incontornáveis. A Europa será aquilo que sempre foi, i.e., um bloco amorfo e sem visão.
Para o bem e para o mal, este será ainda um século muito americano.
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